[Uma criatura fantástica? Um demônio oriental? Um ser de outro mundo? Não é sabido ao certo a origem desta criatura, mas se você tem medo de corredores escuros e barulhos estranhos… acho que esse conto poderá te perturbar. Sugiro que não leia este post… avisado está.]
Em uma casa distante que num lugar não tão longe do centro de uma pequena cidade, um casal está a tirar férias.
Três leves batidas na porta interrompem uma conversa do casal, eles vão verificar e encontram um homem. Meia idade, simpático, nitidamente vestindo um pijama, um homem está a pedir informações sobre onde ficava um bar famoso da região.
Eles percebem que o homem está aparentemente cansado, o convidam para entrar e lhe oferecem água. Neste momento do convite a mulher percebe que a temperatura no ambiente caiu bruscamente, ela acredita que isso ocorreu quando abriram a porta. Enquanto o seu marido foi buscar o copo d’água, ela vai pegar um casaco no quarto que fica andar de cima da casa.
Ao voltar, o marido percebe que o visitante não está mais no sofá da sala. –Amor, aquele senhor foi embora? Amor? – Ele diz preocupado subindo as escadas.
Chegando ao segundo andar ele se depara com o pijama do visitante no chão do corredor. O frio que acaba de percorrer por sua espinha começa a se mesclar ao frio real que tomou o ambiente de forma assustadora. Ele passa pelo seu quarto e percebe que sua esposa está deitada na cama com o corpo gélido, tremendo e os olhos abertos sem piscar. Ela estava em aparente estado de choque.
O jovem sai do quarto e observa no fim do corredor… Uma fumaça negra como se algo estivesse pegando fogo e, ao se aproximar, um ser em forma de uma cabeça gigante se revela. Algo assustador de maneira indescritível que sussurrava uma série de coisas num dialeto totalmente desconhecido. E a criatura se aproximava calmamente… calmamente… e o jovem não conseguia mais se mover.
Dias depois a polícia foi chamada ao local e encontrou a mulher fraca e doente e seu marido decapitado. Ela foi para um sanatório e, tempos depois, contou para uma enfermeira novata sobre essa criatura que ela nomeou como “A cabeça satânica”. A enfermeira, mesmo descrente da sua versão, deixou-a contar tudo em detalhes.
Após o seu jantar em casa, a enfermeira ouve três leves batidas na porta.
Obs: Lembrando que essa é uma adaptação livre de “A cabeça satânica”, lenda pouco conhecida da região nordeste do Brasil.
Valeu e até!
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