BLACK WONDER AGORA É MARIA MARIELLE.
Desde 2013 sigo a tradição de a cada 2 anos atualizar a minha versão da personagem Mulher Maravilha com símbolos e referências nacionais (a personagem ser uma mulher negra, a ararajuba na armadura, as estrelas e cores da bandeira) e havia nomeado como “Black Wonder”.
A cultura pop junto deste universo de super-heróis movimentam o mercado e a internet de maneira bastante significativa e procuro sempre trazer essas questões com o intuito de chamar a atenção para outros temas. É uma forma de me apropriar de uma força massiva de comunicação para trazer para dentro desse imaginário outras referências fora do eixo eurocêntrico, alimentando assim outras ideias que busquem também uma certa transformação social que vejo como fundamental através da arte.
Os tempos mudaram (e MUITO) desde que comecei com essa tradição bienal e logo vi que existia uma necessidade de um novo nome, uma nova identidade, um codinome para essa personagem. Fiz uma chamada para o público seguidor sugerir nomes através do Instagram e os nomes mais sugeridos foram Maria e Marielle, achei bastante forte e interessante a relação entre as palavras (Mulher Maravilha).
Acredito que este é um momento intenso em que é necessário resistir aos retrocessos bizarros que estão ocorrendo na política. A imagem de uma negra à prova de balas gera um valor simbólico muito importante nesse caminho estreito e sufocante para as minorias sociais no Brasil.
Maria Marielle é o nome da guerreira que surge da força do desejo de continuar resistindo e seguindo em frente acreditando que apesar de tudo amanhã há de ser outro dia.
Todo dia é dia de arte. Todo dia é dia de luta.
Esta arte não é sobre patriotismo, é sobre a busca do que é o ser brasileiro de verdade.
SEGUIMOS! ✊