Pantera Negra e eu

Desde que o Pantera Negra foi oficializado nos cinemas, sentia que aí poderia haver um ponto de virada, algo diferente, imaginei que esse projeto poderia ajudar e muito uma série de movimentos em prol da representatividade e o reposicionamento de vários artistas e produtores de conteúdo negros em busca do seu lugar de fala.

Durante os 2 anos de produção do filme, eu comecei a me aprofundar mais e buscar entender o que seria de fato o tal “Afrofuturismo” e nutri diversas ideias que já habitavam meu subconsciente desde muito tempo. Quando a estreia se aproximava, o marketing e a ansiedade aumentavam, os trailers saíam, eu evitava tudo isso consumindo o mínimo de conteúdo possível para tentar melhorar minha experiência ao assistir no cinema (só assisto trailers de filmes ou séries que não me importo de assistir ou não rsrs).

Chegou o dia!

Assisti ao filme, no IMAX 3D (odeio 3D, mas o telão gigantão é daora) e feliz com a certeza que independente do que saísse dali seria algo satisfatório. Bem, foi mais que isso. Um filme da Marvel Studio fazer mais de 1 Bilhão antes do maior de todos os filmes do estúdio não é pouca coisa.

Saí do cinema embasbacado e imaginando se o eu criança estivesse assistido algo assim na época em que minha tia me levava para assistir tudo que é filme na Cinelândia (Palácio, Odeon… no Rio de Janeiro), de que forma isso teria me impactado? Como o pequeno Awvas voltaria pra casa? O que esse menino desenharia assim que chegasse no seu quarto? *Eu sempre desenhava os filmes que assistia*

É difícil explicar para alguém que cresceu podendo se enxergar de alguma forma sendo um herói de um filme, sendo o galã, sendo O Cara da série, O Cara da novela… e eu consigo entender o quão pode ser difícil do outro lado entender também.

SÉRIO. Eu entendo.

Mas agora, eu só quero regar as sementes e nutrir a imaginação.

Me deixa curtir.

Me deixa desenhar no quarto depois do cinema.

Até mais!

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